Estamos passando por um período difícil da pandemia do Coronavírus. Todos estamos nos sentindo um pouco estressados, tristes e preocupados. Nesse momento, tudo pode ser desafiador, novos horários e acordos de trabalho, crianças não podendo ir à escola e não tendo a oportunidade de ver amigos ou colegas presencialmente.
É muito para lidar e é fácil sentir que você não está lidando bem com isso. Já ouvi tantas pessoas e líderes compartilharem que sentem constantemente que não estão fazendo o trabalho, estão frustrados por não estarem no seu melhor ou estão tendo dificuldade em se manterem motivados.
Se você se sente assim, você não está sozinho. Tudo mudou e, ainda assim, algumas pessoas esperam que você se ajuste de alguma forma mágica e seja capaz de fazer tudo exatamente como fazia antes. E se você não conseguir, é muito fácil repreender a si mesmo ou reagir com negatividade.
A autocompaixão é uma das práticas mais importantes que precisamos nos comprometer quando estamos passando por um momento difícil, então quero compartilhar isso com você.
Primeiro, a definição:
Autocompaixão é a prática de reconhecer que você é um ser humano, que é imperfeito, que está lutando contra alguma coisa e que deseja parar de lutar contra si mesmo. É a prática de se tratar como se fosse o seu melhor amigo.
Eu não disse que a autocompaixão é como se livrar de uma armadilha, ou desistir, ou não fazer nada, ou dizer a si mesmo que não precisa fazer seu trabalho.
O objetivo de praticar a autocompaixão é reduzir sua própria luta e sofrimento para que você tenha mais energia emocional e mental para seguir em frente.
Você sabia que é comprovado por pesquisas que praticar a autocompaixão aumenta sua motivação para trabalhar mais e melhor?
Sim, e isso ocorre porque você não está desperdiçando sua valiosa energia emocional repreendendo a si mesmo, e então reserva essa energia para melhorar sua vida e descobrir qual é o seu próximo passo.
A autocompaixão não é o fim, é o começo
Não se trata de jogar tudo para o alto, mas sim de reconhecer a sua verdadeira humanidade e a parar de lutar contra você mesmo para poder superar esse desafio com maior resiliência e trazer à tona o seu melhor.
Uma das minhas maneiras favoritas de praticar a autocompaixão é mudar de uma conversa interna de maneira dura para uma mais gentil. Por muitas vezes, causamos sofrimento a nós mesmos por meio de conversas internas ásperas, rudes e repreensivas.
Confira práticas que o ajudarão a mudar isso.
3 etapas para uma conversa interna leve:
Passo 1: Fique atento quando estiver sendo severo consigo mesmo
Esteja atento às palavras e ao tom que usa quando fala consigo mesmo. Pratique testemunhar sua conversa interna enquanto ela acontece. Qual é o tom? Que palavras ou frases você usa quando fala consigo mesmo?
Passo 2: Faça uma pausa e seja grato por ter notado
Respire e faça uma pausa por um segundo. Nesta pausa, conecte-se à sua testemunha interior. Sinta a profundidade de sua capacidade de estar ciente de seus pensamentos e emoções sem a necessidade de reagir imediatamente e ser grato por poder fazer isso.
Etapa 3: Imagine que você está conversando com alguém que realmente ama e se preocupa
Imagine que você está tendo uma conversa sentimental com uma pessoa vulnerável. Agora comece a reformular o que você disse a si mesmo e como disse, imaginando que está falando com essa pessoa.
Normalmente, imagino estar conversando com minha filha ou meu melhor amigo e, toda vez que faço essa prática, lembro-me de como somos mais gentis com as pessoas que amamos do que com nós mesmos. Ao fazer essa prática, você está aprendendo a se tratar com a mesma compaixão e bondade com que mostra para os outros.
Essa tem sido uma das práticas que mais mudaram minha vida e realmente melhorou meu relacionamento comigo mesmo. Isso também me tornou uma pessoa e um líder mais compassivo, porque a maneira como tratamos os outros está enraizada em como tratamos a nós mesmos.
Espero que você tente exercer a autocompaixão, especialmente quando estiver lutando ou enfrentando um desafio – você merece sua própria compaixão e bondade!
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Um forte abraço.
José Paulo!